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Hoje me deparei com esse lindo fragmento de um conto do Érico Veríssimo, do livro Solo de Clarineta, publicado originalmente em 1974. O texto me fez pensar muito sobre o cenário tão dividido e obscuro que estamos vivemos e ao refletir sobre isso, organizo minhas forças para esperançar. Uma ação de esperança, como nos ensinou Mario Sergio Cortella, que nos permita transbordar dos recipientes que nos conformam e aprisionam.

Eis o conto:

“Desde que, adulto, comecei a escrever romances, tem-me animado até hoje a idéia de que o menos que um escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal de que não desertamos nosso posto”.

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